“Como professor foi inesquecível. Prendia a atenção e cativava seus alunos, não havia indisciplina em suas aulas. Ele dava vida aos fatos vivenciados pelos personagens históricos de tal maneira que os alunos se contagiavam com as narrativas envolventes do
querido professor.”
Nasceu em Lavrinhas, Venda Nova do Imigrante em 12 de dezembro de 1930, filho de Fioravante e Maria Carnielli Caliman, foi o décimo de 14 filhos. Seus irmãos Padre Cleto, Anna, Domingos, Jordelina, Lúcia, Vitoria, Leandro, Clementino, Agostinho, Aniceta, Cacilda, Enedina e Euclides.
Aos 8 anos foi para o Seminário de Jaciguá em Vargem Alta, seguindo seus estudos em Lavrinhas, Barbacena e São João Del Rei, Minas Gerais.
Em Viçosa, fez um curso de técnico agrícola e por ser um dos melhores alunos, foi orador da sua turma. Mas tarde concluiu o curso superior de Teologia e passou a lecionar História.
Trabalhou como professor em escolas das cidades de Jaciguá, Corumbá e Goiânia. No dia 14 de julho de 1963 casou-se com Izabel Feitoza, companheira querida e grande incentivadora. Tiveram seis filhos: Paulo Roberto, Alba Lilia, Luiz Fábio, Carlos Demiam, Breno Cephas e Lia Perla e seis netos: Enzo, Christian, Davi, Isabella, Iasmim e Vicenzo.
Em Alfredo Chaves, atuou como diretor da Escola Agrícola de Olivânia, onde eram educadas 50 crianças provenientes de Vitória. Este educandário era mantido pela LBA.
Mais tarde voltou para Venda Nova do Imigrante onde trabalhou intensamente na Cooperativa de Cafeicultores de Venda Nova. Nesta mesma época atuou também, como diretor do Instituto Salesiano em Venda Nova, durante o período em que Padre Cleto Caliman esteve ausente.
Benito Caliman foi excelente diretor de teatro, com talento orientava os atores para viverem com autenticidade seus papéis, as peças iam de dramas à comédias. Destacando entre seus sucessos como diretor a opereta: “Marcos, o pescador”. Foi músico autodidata, tocava gaita, participou de uma Banda Civil e cantou no Coral Santa Cecília.
Torcedor inveterado do Botafogo era crítico e bastante polêmico, perturbava seus adversários com gozações.
O Professor Benito se aposentou em 1984, mesmo assim não perdeu o título carinhoso dos ex-alunos que sempre o chamavam de "Professor".
Nesta época sua saúde começava a dar sinais de queda. Em 13 de junho de 1990 faleceu muito jovem infelizmente, aos 59 anos de idade. Mas deixou seu legado e bom exemplo de grande mestre e educador.